Incêndio atinge pavilhão da COP30, em Belém, e negociações são suspensas um dia antes do prazo final para acordo
20/11/2025
(Foto: Reprodução) Incêndio atinge pavilhão da COP30 em Belém
Em Belém, um incêndio atingiu nesta quinta-feira (20) um pavilhão da COP 30. Milhares de pessoas foram retiradas as pressas.
O painel no estande da África Oriental discutia financiamento climático. Quem estava no palco só percebeu o fogo quando as pessoas que estavam assistindo correram. Em segundos, as labaredas se espalharam pelas divisórias e chegaram à cobertura, abrindo um buraco na lona.
Rapidamente, bombeiros e seguranças do local começaram a tentar apagar o fogo com extintores. Em algumas imagens é possível ver faíscas e estouros, que parecem vir da fiação elétrica. E milhares de pessoas que estavam na Zona Azul começaram a procurar as saídas.
Rapidamente, bombeiros e seguranças do local começaram a tentar apagar o fogo com extintores.
Jornal Nacional
"Sou responsável por fazer o credenciamento na Area Azul e, ai, a gente viu aquela fumaça e começou a sentir o cheiro e a gente viu que realmente o negócio ia se espalhar a e a gente teve que sair correndo", contou uma jovem.
“Aqui o pessoal está orientando para que quem está no evento saia pelas portas que foram abertas nas salas de reunião. Nesse acesso principal, as salas ficam ao lado e eles estão fazendo a retirada das pessoas pelas saídas de emergência que ficam nessas salas laterais”, relata o repórter Tiago Eltz.
"As pessoas começaram a correr, correr e gritar fire, fogo, e a gente precisou sair, eles liberaram todas as portas", contou outra jovem.
Quem estava nas salas de negociação saiu apressado, mas sem confusão. Logo a parte do pavilhão que pegou fogo estava isolada.
“Aqui é uma área onde já tem bastante fumaça e estamos a alguns metros de onde foi o incêndio. Todas as luzes foram apagadas e agora a situação começa a dar uma normalizada”, conta o repórter Tiago Eltz.
Na imagem da câmera de segurança também é possível ver quando as primeiras chamas aparecem. 38 segundos depois, já é possível ver a fumaça dos primeiros extintores de incêndio. Os bombeiros afirmaram que o fogo foi controlado em aproximadamente seis minutos, com o uso de 244 extintores e uma mangueira, deixando uma nuvem de fumaça que tomou conta do espaço.
“Ainda há muita fumaça no ponto onde foi o incêndio e muita gente saindo, muitos são bombeiros que trabalharam para apagar as chamas. O pessoal saindo com os estintores. O fogo está controlado, mas não completamente a situação: ainda há fumaça e eles estão tentando abrir o espaço para que a fumaça saia de lá”, relata o repórter Tiago Eltz.
Em diversos pontos, a lona que serve de parede da estrutura foi cortada para aumentar a circulação de ar.
"Eu estava de frente no estande lá da África, experimentando umas comidas. E quando eu virei, eu já só vi uma pessoa vindo de lá, um estrangeiro, correndo, gritando "FIRE, FIRE, FOGO, FOGO!" . Eu só virei, assim, eu estava filmando, só virei, já fui filmando o fogo. Ele começou embaixo e tomou conta, assim, muito rápido", afirmou a auxiliar de TI Nievis Miranda.
A imagem aérea mostra o impacto restrito do fogo na estrutura gigantesca da COP.
A Zona Azul é o principal espaço da COP. É onde os negociadores e ministros se reúnem e também o local em que os países montam estandes para divulgar projetos e iniciativas. Foi nessa área, dedicada às exposições e debates das delegações, que o fogo começou.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, estava lá na hora do incêndio e disse que os materiais usados na estrutura evitaram um incêndio ainda maior:
"Importante destacar que durante a construção desse espaço foram respeitados todos os critérios técnicos e fomos além, garantimos materiais na cobertura e no forro que são antichamas, anti-incêndio, e isso garantiu também a segurança de todos nessa COP. É um evento que poderia acontecer em qualquer lugar do planeta”.
Uma semana atrás, depois que manifestantes invadiram a Blue Zone, o secretário executivo do braço climático da ONU escreveu uma carta ao governo brasileiro. Ele reclamava da falta de segurança, que teria permitido a invasão, mas também fazia críticas à estrutura dos pavilhões, dizendo que alagamentos significativos durante as chuvas colocavam as instalações em risco por causa da exposição da rede elétrica.
Na ocasião, a Casa Civil respondeu dizendo que ampliou o perímetro e o efetivo de segurança para proteger o entorno da COP e que não houve alagamentos no interior do pavilhão, mas goteiras pontuais e vazamentos por problemas nas calhas - que já tinham sido consertadas.
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